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Otimismo

Carla F. L^ôbo

Sabia que pode treinar-se a enfrentar a vida de uma forma positiva e a transmitir esse sentimento aos seus filhos? Em Portugal, até já temos quem nos dê uma ajudinha…

Maria Luísa tem 33 anos e um casamento falhado. Viveu nove anos com uma pessoa, na esperança de que ele iria mudar e que, consequentemente, a sua vida também mudaria. Mudou sim, mas por sua iniciativa. Teve medo, por ela e pela filha, passou dificuldades monetárias. Mas encarou a vida com optimismo e, apesar do passado com serenidade, sabe que daqui para a frente a sua vida só pode melhorar.

Vivemos imersos em pessimismo, a patinhar em histórias de desgraças, a alimentarmo-nos de infelicidades. Vivemos presos a uma sina, a um fado, à palavra “saudade” que nos consome, e a esta nostalgia do passado que nos faz responder como condenados: “Vamos andando…” Não vá a sorte rir-se da gente e pregar-nos a partida de não nos deixar ser felizes, porque “não há bem que sempre dure”…

Aprendemos a chamar a atenção, a relacionarmo-nos através da negatividade. Ela vende mais do que as histórias boas. Daí a necessidade imperiosa de educar para o optimismo em Portugal”. Ela é Helena Águeda Marujo, doutorada em Psicologia, co-autora do livro Educar para o Optimismo (Editorial Presença). Luís Miguel Neto e Maria de Fátima Perloiro são os outros autores desta obra. “Parece que gostamos de andar no pântano, que criámos um espaço de conforto nesse mal-estar. Obviamente, se passo a vida a queixar-me e a contar aos outros histórias negativas, não me posso sentir bem! Há uma espécie de ciclo vicioso em que, ao tentar educar para o optimismo, o tentamos transformar em virtuoso” , comenta Helena Marujo.

Um discurso negativo é um hábito destrutivo, um mecanismo de defesa pessoal que desenvolvemos muitas vezes para nos protegermos. Acabamos por evitar situações que nos assustam, afirmando precipitadamente: “Eu não consigo.” E muitas vezes decidimos não tomar qualquer atitude.

 A batalha entre optimismo e pessimismo é uma batalha antiga. Os pessimistas acham que os optimistas são tontos. Os optimistas não se dão bem com lamúrias e acham que os primeiros tornam a sua vida miserável, fazendo-se de vítimas sem necessidade. O copo está meio vazio ou cheio? Depende do modo como se encara a vida.

Tags: Opinião
Autor: Jornal Trevim

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