Com o aproximar das eleições autárquicas, a já antiga questão da desagregação de freguesias voltou a ser colocada na recente reunião da Assembleia Municipal da Lousã.
Joaquim Seco, ex-autarca vilarinhense e elemento do Movimento Cívico Refutar, que reclama a restituição do estatuto de freguesia, usou o período antes da ordem do dia para alertar que se está a caminhar “para a segunda eleição autárquica após a destituição da freguesia de Vilarinho”.
De acordo com o deputado do PS, nas primeiras eleições após a reforma de 2013, em 2016, “dizia-se que já não havia nada a fazer, por ser muito em cima da hora”. Entretanto, muito se tem falado sobre o assunto, os órgãos autárquicos locais estão “em sintonia pela reposição da freguesia”, mas o resultado dos esforços é “uma mão cheia de nada”, o tempo passa “e Vilarinho afunda-se”.
Helena Correia, presidente do executivo da união de freguesias da Lousã e Vilarinho, também do PS, invocou o projeto-lei do Governo que está “em discussão” na Assembleia da República. Reconhecendo não ser o ideal, “porque o processo já devia ter tido andamento”, será um passo para uma lei-quadro que regulamente a desagregação de freguesias, “neste caso a da Lousã e a de Vilarinho”.
O presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, reforçou que “a Câmara e a Junta de Freguesia estão sintonizados com a reivindicação da população”, mas que o processo depende da vontade do Governo e da Assembleia da República. Segundo o edil, o processo legislativo poderá ser concluído até 31 de março, mas a posição de Marcelo de Sousa “é de discordância com o processo”, pelo que não sabe se haverá condições para a freguesia de Vilarinho já estar autonomizada nas eleições autárquicas deste ano.
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