A floresta representa cerca de 70,9% da área total do concelho da Lousã, cerca de 9800 hectares, assumindo-se como um importante elemento do nosso território, a nível ecológico e económico. Neste contexto, o Trevim foi saber que ações estão ser levadas a cabo pelos Baldios da Lousã, uma das entidades responsáveis pela gestão do património florestal no concelho.
Rita Simões, engenheira florestal, explicou a este quinzenário que a equipa de sapadores florestais, atualmente constituída por seis elementos, tem estado a executar trabalhos de silvicultura na Mata do Sobral, em Serpins, “no âmbito de recuperação de áreas ardidas”, numa zona com 18,77 hectares, intervenções a decorrer desde o início do ano, ao abrigo do Serviço Público anual estabelecido pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Na Mata do Sobral estão também em curso trabalhos de controlo de invasoras em 75 hectares, uma ação com um custo superior a 99 mil euros, que resulta de uma candidatura efetuada pela Câmara Municipal da Lousã e pela Junta de Freguesia de Serpins ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
A operação está a ser levada a cabo pela empresa Silvicorgo, Lda, com o acompanhamento do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal.
Operação nas Hortas
Desde outubro passado que os Baldios da Lousã lideram uma operação florestal na Unidade de Baldio das Hortas, administrada em regime de associação com o ICNF e a Assembleia de Compartes, com um custo de cerca de 21 mil euros, valor financiado em cerca de 80% pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020. De acordo com a engenheira Rita Simões, foi solicitada “a prorrogação de prazos devido à atual situação de pandemia, tendo sido já apresentado o primeiro pedido de pagamento” ao Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, “face às intervenções já efetuadas”, que incluem a limpeza de mato, desramações de carvalhos e controlo de espécies invasoras.
A par destas ações, os Baldios da Lousã têm também executado serviços de limpeza de terrenos, podas de árvores e desramações para proprietários privados e entidades. Até ao final do ano esperam dar continuidade às operações a decorrer no Baldio das Hortas, bem como rearborizar “áreas baldias que sofreram intervenções de corte e limpeza, efetuar serviços de vigilância armada durante o período crítico dos incêndios florestais e prestar serviços de silvicultura preventiva para proprietários privados e entidades concelhias”.
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