Câmara reforça junto do Ministério da Saúde necessidade de reposição
As farmácias do concelho da Lousã receberam à volta de 300 doses para vacinar pessoas com idade igual ou superior a 65 anos no âmbito do programa “Vacinação SNS Local” a que a Câmara Municipal aderiu com vista a descongestionar o Centro de Saúde, tendo em conta que o concelho tem um total de 3800 pessoas nesta faixa etária.
A autarquia estava preparada para comparticipar 90% do preço de administração de 1500 vacinas, no entanto, o stock das farmácias, quer no âmbito do protocolo quer no âmbito da vacinação à comunidade em geral, e cuja reposição é da responsabilidade do Ministério de Saúde, já acabou e não se sabe quando será restituído.
Maria Alcina, diretora técnica da Farmácia Torres de Padilha, contou ao Trevim que este ano “houve muitas dificuldades”, esclarecendo que das pré-reservas normalmente feitas em finais de agosto, “chegaram muito menos doses do que estava previsto” e desta vez “por duas tranches”, quando normalmente vinham “todas de uma vez”.
Segundo disse, “houve muita adesão” no que respeita ao programa “Vacinação SNS Local” com mais de 100 vacinas a ser administradas a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, “diretamente na farmácia, a custo zero, com toda a segurança”. No entanto, existe atualmente “uma lista de espera com muita gente, principalmente pessoas mais jovens”.
Marina Leal, diretora técnica da Farmácia Serrano, reportou ao Trevim a mesma situação, que se traduziu igualmente em falta de vacinas. “Fizemos o mesmo procedimento de sempre, encomendamos em agosto, recebemos um terço das vacinas do que tínhamos encomendado e não foi possível satisfazer as reservas”. Embora não acredite que “venham mais”, ressalva que, através do programa, foi possível vacinar muitos dos idosos que estavam em lista de espera.
“Ninguém imaginava que tanta gente se fosse vacinar”
Ao Trevim, António Poiares da Silva, da Farmácia Fonseca, relatou que adesão à vacinação “foi muito boa”, embora “fossem precisas mais 300” doses para satisfazer os pedidos. “Não vieram todas as que pedimos” na pré-reserva que é feita habitualmente todos os anos.
Reportando que também ali existe lista de espera, acredita que “o ano passado as pessoas não estavam tão sensibilizadas para a vacinação, com a pandemia ficaram mais despertas e preocupadas”, e “ninguém imaginava que tanta gente se fosse vacinar”.
José Coroa, responsável pelo Posto Farmacêutico de Serpins, partilha da mesma opinião. “Existiu um incentivo à população e depois não houve vacinas para toda a gente, não vamos conseguir ter doses para reservas que tínhamos e no final da época, pessoas que fizeram a reserva mais tarde não vão ter acesso”. Embora este posto, incluído na Farmácia Coroa, com sede em Góis, não tenha sido abrangido pelo programa, o responsável disse ao Trevim que os “utentes de Serpins com mais 65 anos foram vacinados gratuitamente”.
A este quinzenário, a Câmara Municipal disse continuar preparada para comparticipar 1500 vacinas no âmbito do “Vacinação SNS Local”, caso sejam administradas, referindo que irá reforçar, junto do Ministério da Saúde, a necessidade de ser reposto o stock com a maior brevidade.
Tentámos saber quantas pessoas foram vacinadas contra a gripe no Centro de Saúde, no entanto, até ao fecho desta edição, não obtivemos resposta.
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