O reformado Manuel Pires, antigo trabalhador da Câmara da Lousã, morreu no dia 2 de novembro, precisamente a data em que faria 87 anos.
Oriundo da Porta Reguenga, lugar contíguo ao Casal dos Rios, o lousanense Manuel Lopes Pires trabalhou ao longo de décadas no serviço municipal de higiene e salubridade da autarquia.
Era um empenhado colaborador do Clube Desportivo Lousanense, assumindo a realização de diversas tarefas de apoio a sucessivas direções, como a cobrança de quotas aos sócios, o trabalho no bar da sede, na zona da Travessa, e o controle de entradas no campo José Pinto de Aguiar, hoje estádio, entre outros contributos para bom funcionamento de uma das mais populares coletividades do concelho.
Desde meados do século XX, Manuel Pires fez milhares de quilómetros de vassoura em riste, a limpar as ruas da Lousã, bem como a conduzir o trator com que transportava os resíduos urbanos para a antiga lixeira do Alto do Padrão.
Desempenhou mais tarde funções de chefia, na última fase do seu percurso profissional na Câmara da Lousã.
Assumido antifascista, com os problemas que tal posicionamento acarretava, sobretudo a quem trabalhasse em serviços públicos durante a ditadura, vibrou efusivamente com a revolução democrática do 25 de Abril de 1974.
Por ironia, Pires nasceu em 1933, o ano da entrada em vigor da Constituição corporativa e da afirmação do também chamado Estado Novo instituído por Salazar.
Era um cidadão íntegro e estimado pela generalidade da população, um homem simpático que amava a sua terra e que marcou indelevelmente a Lousã, nos séculos XX e XXI.
Sentidas condolências do Trevim à família enlutada, em especial a viúva, Maria Amélia Simões, e o filho, Carlos Simões Pires.
Casimiro Simões
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