A A13, entre Entroncamento e Coimbra, e a A13-1, que faz a ligação da primeira a Condeixa-a-Nova, IC2 e A1, vão ter nova redução no preço das portagens, em de janeiro de 2021. Contudo, a medida aprovada em Conselho de Ministros, no dia 22 de outubro, continua a não beneficiar os utilizadores ocasionais destas duas vias. O acesso aos descontos só será possível com a instalação de um identificador electrónico.
Segundo um comunicado publicado na página oficial do Governo, na sequência da reunião de Conselho de Ministros de dia 22, haverá uma redução de 25% no preço para os veículos de classe 1 e 2, a partir do oitavo dia de utilização num mês na mesma via.
À semelhança das reduções anunciadas pelo Governo em março – e que iriam entrar em vigor em julho – nos primeiros sete dias de circulação, os condutores continuam sujeitos ao pagamento do valor total e aqueles que utilizem as vias ocasionalmente, uma vez por semana por exemplo, voltam a não ter acesso a qualquer redução.
No caso dos veículos pesados de transporte de mercadorias, o desconto passará a ser de 35% durante o dia e 55% durante a noite, face aos 30% e 50%, respetivamente, atualmente praticados.
Mas este reforço do desconto já tinha acontecido em março, para começar em vigorar em julho.
O desconto de 55% abrange igualmente fins de semana e feriados e é alargado aos transportes coletivos de passageiros.
Além da A13 e da A13-1, os novos descontos, que serão regulamentados por uma portaria conjunta das áreas governativas da Coesão Territorial, Infraestruturas e Finanças,
abrangem a A22 (Via do Infante, no Algarve), a A23 (as duas concessões da autoestrada da Beira Interior), a A24 (Interior Norte), a A25 (Beiras Litoral e Beira Alta), a A28 (Norte Litoral) e a A4 (subconcessão Transmontana e a concessão do Túnel do Marão).
Câmara da Lousã quer descontos “mais expressivos”
Em resposta ao Trevim, Luís Antunes, presidente da Câmara da Lousã, encara “como positivo este primeiro passo” na redução dos preços e afirma que a A13 é “uma via extremamente importante para o desenvolvimento dos concelhos do interior, especialmente para as empresas que diariamente fazem um enorme esforço para gerar valor, muitas das vezes em situações menos favoráveis quando comparadas com zonas com melhores acessibilidades”.
O autarca do PS defende que “o Governo deve continuar a procurar soluções para que estas vias não tenham custos para os utilizadores, especialmente para o usuário ocasional, que não realiza o número mínimo de viagens para ter o desconto como, por exemplo, os turistas” que visitam a região.
Para as empresas, os descontos “devem ser revistos e devem ser mais expressivos”, disse.
O município quer “consciencializar o Governo para estas questões e lutar por melhores acessibilidades, nomeadamente uma alternativa à estrada da Beira e uma nova ligação ao IP3”, matérias de uma carta enviada pela autarquia, em outubro, à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
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