Deputados preocupados com o desenvolvimento do processo
A presidente da Junta da Lousã e Vilarinho (JFLV), Helena Correia, disse na última reunião da Assembleia de Freguesia, no dia 25 de setembro, que “ainda não há novidades” sobre a desagregação das duas antigas freguesias desde a sessão realizada em junho.
O assunto também foi discutido pela Assembleia Municipal (AM) da Lousã, no dia anterior.
Segundo a autarca do PS, o executivo da União de Freguesias “tudo está a tentar para que o processo de desagregação seja uma realidade” nas eleições autárquicas de 2021.
No Clube Recreativo Vilarinhense, Helena Correia informou que foi enviado à Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) um pedido de esclarecimento e de intervenção no processo, ao qual a ANAFRE ainda não deu resposta.
“A falta desta lei é uma violação dos princípios constitucionais e nós não nos podemos calar perante tal omissão”, afirmou.
Na véspera, o período dedicado aos munícipes na reunião da AM ficou marcado pela participação dos vilarinhenses Filipe Amado e Artur Pedroso, que fizeram um ponto de situação do processo de desagregação das freguesias e quiseram saber de eventuais novos desenvolvimentos.
O presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, revelou que “o diploma já foi remetido” para que seja agendada a sua discussão e votação pelo Conselho de Ministros.
“Existe o objetivo do Governo de realizar as diligências necessárias para que seja possível, no próximo ato eleitoral autárquico, a resolução desta situação”, informou.
Eleitos da AM insistem na reposição da freguesia
Antes da ordem de trabalhos, o eleito do PS Joaquim Seco, que foi presidente da extinta Junta de Vilarinho, que tem estado envolvido na luta pela reposição da freguesia, realçou o papel da Câmara no processo, “tendo disponibilizado transporte por duas vezes, nas deslocações à Assembleia da República, tal como o apoio fundamental” da atual Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho.
“Ao longo de sete anos, não nos cansámos de falar no reaver do estatuto da freguesia e temos ouvido muita conversa (…), mas sabemos que isto não depende de nós. Depende apenas do poder central”, adiantou.
Na sua opinião, “Vilarinho tem massa humana para pegar na gestão da sua terra”.
Já Sérgio Pedroso, do PSD, manifestou igualmente preocupação e confessou ter chegado a pensar que tinha “caído no esquecimento”.
Porém, após as intervenções de outros deputados e público na AM, percebeu “que a situação está a ser acompanhada”.
Para o socialista João Melo, “uma vez que agora está na moda os governantes pedirem desculpa”, quando for reposta a freguesia de Vilarinho, “algum membro do Governo devia (…) pedir desculpa não só às pessoas que cá vivem, mas também à memória dos vilarinhenses e aos eleitos de Vilarinho”.
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