Anastácia Putkalo começou esta nova aventura no dia 1 de setembro
Anastácia Putkalo, jovem lousanense com apenas 17 anos viajou para a Ucrânia para integrar o “Estúdio 30” da Companhia de Bailado P. Virsky Ukrainian Dance Ensemble.
Apaixonada desde muito cedo pela dança, Anastácia contou ao Trevim que foi a mãe que lhe “mostrou esta arte maravilhosa” quando a levou “a ter aulas na Academia de Bailado da Lousã com apenas três anos” onde dançou durante mais de uma década.
“Com dez anos senti que queria mais e fiz uma audição para entrar no Conservatório de Música da Quinta das Flores” ( em Coimbra) que, na altura, se expandiu para a dança, contou. A tenra idade o cansaço fizeram com que a bailarina estivesse apenas um ano no conservatório.
Depois de ter participado em alguns concursos, Anastácia Putkalo conheceu o Conservatório de Ballet e Dança Annarella Sanchez (CBDAS), em Leiria, onde participou num curso de verão, acabando por optar por seguir os estudos naquela instituição.
“Com 14 anos decidi ir viver sozinha para Leiria, onde estudei durante três anos e aprendi vários estilos de dança e tive aulas com professores de outras partes do mundo, desde Cuba, México, Rússia, Brasil e muitos outros”, explicou.
Embora com algumas inseguranças quanto ao seu futuro, a jovem Anastácia contou que “apesar de algumas dificuldades por não ter nascido com todas as condições físicas”, durante a sua estadia no CBDAS os professores sempre a auxiliaram a ultrapassar as dificuldades que encontrava pelo caminho.
Com o início do 12.º ano de escolaridade, Anastácia teve que “começar a pensar em fazer audições”, sendo a companhia ucraniana sugerida pela professora Fatíma Mekulova, que a “ajudou a preparar um solo para a audição”.
Embora confesse que estava insegura no momento da prova, a jovem lousanense foi aceite na P. Virsky Ukrainian Dance Ensemble, no país natal dos seus pais.
Pandemia dificultou preparação para audição
O novo coronavírus e a necessidade de se readaptar os métodos de ensino e aprendizagem que até então vigoravam vieram atrapalhar a preparação para a audição que ia definir o seu futuro enquanto bailarina.
“Já é complicado ter aulas ‘normais’ através de uma pequena tela, então aulas de dança ainda é pior”, reiterou. “Muitas vezes a música ia atrasada ou a internet falhava, foi realmente muito complicado” contudo, com o apoio da professora de Ballet Joana Ruas, da Academia de Bailado da Lousã, (ABL) Anastácia teve a oportunidade de utilizar uma das salas da ABL para ensaiar, onde se deslocava “de manhã bem cedo quase todos os dias”.
Nitidamente orgulhosa, a jovem lousanense frisa que o apoio dos pais foi fundamental e, se tudo correr como espera, poderá fazer desta arte a sua vida profissional.
Para já, os objetivos são simples: “dar o melhor de mim e talvez viajar pelo mundo e mostrar esta arte e, quem sabe, um dia ensinar e abrir caminhos a outros pequenos sonhadores”.
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