No seu 6.º aniversário, a Associação Empresarial da Serra da Lousã (AESL), fundada em 2014, conta atualmente com 250 empresas associadas, de oito concelhos da área geográfica da Serra da Lousã: Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Penela, Pampilhosa da Serra e Vila Nova de Poiares.
Em entrevista ao Trevim, Carlos Alves, presidente da direção, deu conta de seis anos “de muito trabalho” estando a AESL, recentemente integrada nos órgãos socais da Confederação do Comercio e Serviços de Portugal, “na linha da frente na defesa dos associados, empresas e empreendedores da região” em que se inclui algumas das medidas implementadas pelo Governo, “que nem sempre se adequam às reais necessidades”.
Embora sejam “muito significativas para os empresários”, disse, “temos assistido ao incumprimento dos prazos anunciados e verificamos também que as suas dotações orçamentais são extremamente insuficientes. Reconhecendo “estarmos perante uma crise sem precedentes”, o responsável afirma que a AESL “tem pressionado o Governo e as entidades competentes por forma a exigir medidas mais efetivas e capazes de apoiar as empresas de forma transversal sem deixar nenhuma de fora”.
Nesta legislatura, “há uma tentativa de valorização do interior, no entanto, continua a existir um fosso entre os territórios do litoral e o interior, principalmente no que toca às acessibilidades”. Recordou que “não existe via férrea há dez anos e as alternativas não são as ideais”, apontando também “a falta de opção viável para estes territórios ao IP3”, fatores que, na sua opinião, levaram “os habitantes dos territórios do interior, nomeadamente a população jovem, a ir em busca de melhores condições de vida no litoral ou em grandes centros urbanos”.
Carlos Alves considera os empresários deste território “muito bons no que fazem e extremamente resilientes, apesar de todas as adversidades que a zona do interior apresenta”, acrescentando que “sem nunca baixar os braços, contribuem de forma determinante para potenciar a região”.
Na defesa do comércio local
Ainda este ano, a AESL, associação sem fins lucrativos, prevê realizar várias atividades, em parceria com instituições como a Autoridade para as Condições do Trabalho e a Autoridade da Segurança Alimentar e Económica, para “dotar os empresários de informação importante para o bom desempenho da sua empresa”. Com o apoio do Município da Lousã, “pretende continuar a apostar no digital”, estando atualmente a desenvolver o sítio electrónico compreca.pt, e a promover os produtos e serviços da região, com o lema “Compre Cá, Cá Compra Cá Fica!”. Está também já a ser preparada a época natalícia, “com objetivo de estimular o comércio local, motivar os consumidores a fazer compras no comércio de proximidade, desta forma evitando os aglomerados e a confusão das grandes superfícies comerciais”.
Segundo explicou Carlos Alves, além de “deixarem de estar sozinhos nas suas lutas”, os associados da AESL, sujeitos a uma quota anual que varia entre os 30€ e os 60€ anuais, beneficiam de apoio e esclarecimento de informações relacionadas, por exemplo, com acesso a fundos comunitários, legalização de empresas e direitos laborais. Por protocolo, os associados podem também conceder descontos entre si e têm direito a uma participação gratuita ou ao acesso a um preço mais reduzido nos fóruns, workshops, eventos e sessões de formação.
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