Joana Ruas, fundadora da Academia de Bailado da Lousã, conversou com o Trevim sobre o seu percurso profissional, a evolução da instituição, criada em 2004, e sobre a desigualdade de género no Ballet
Trevim: Como nasce o amor pela dança e a ideia de criar a Academia de Bailado na Lousã?
Joana Ruas: Começou desde os dois anos. A minha mãe levava o meu irmão à ginástica e eu via as meninas a dançar e queria ir (só podia a partir dos três anos). Estive um ano só sentada, a assistir, até poder dançar. Continuei até ao 12.º ano de escolaridade, fiz exames da Royal Academy of Dance e quando entrei na faculdade parei. Licenciei-me em Sociologia e, apesar de ser de Aveiro, vim estagiar para a Câmara Municipal da Lousã. Através de uma colega que pertencia a uma associação, comecei a dar aulas de dança, de forma voluntária, aos miúdos de lá, meia dúzia de crianças num pavilhão do Clube Académico das Gândaras. O número de alunos foi crescendo e decidi fazer a formação como professora (tinha só como aluna). Estudei em Inglaterra e em Portugal, o número de alunos era tão grande que decidi deixar a sociologia e abrir uma escola. Tínhamos alunos das Gândaras, de outros pontos do concelho e também de fora, e abri a primeira academia, há 14 anos. Alargámos as valências, na área da música, ainda nesse espaço, que se tornou pequeno e houve necessidade de mudança para o local atual.
Trevim: Que estilos de dança são lecionados? Quais têm mais procura?
JR: A nossa base, é a dança criativa, para os pequeninos até aos 5 anos. Serve para eles dançarem, trabalharem a motricidade com música e expressividade, o que nos distingue da ginástica. A partir dos 6 anos começam com ballet clássico, podendo fazer os exames da Royal Academy of Dance, homologados e certificados pelo estado português. Temos uma disciplina de postura (parceria com a Clínica Pedro Malta), para trabalhar o físico. A disciplina de Teatro Musical tem sido um sucesso, pois basta que os miúdos gostem de teatro e de cantar. Temos ainda aulas de canto e ensino de vários instrumentos musicais.
Leia a notícia completa na edição impressa do Trevim N.º1409
0 Comentários